Não é novidade que, atualmente, vivemos em ambientes cada vez menores e se, às vezes, falta espaço outdoor para o cultivo, pensar em manter uma estufa indoor pode ser inimaginável justamente pela falta de lugar para isso. A boa notícia é que é possível sim cultivar em pequenos espaços. Com criatividade ou, se preferir, produtos mais profissionais, você consegue montar o seu microcultivo e obter uma colheita de qualidade.    

Mas o que é um espaço pequeno para o cultivo?

Um pequeno espaço para o cultivo da Cannabis pode ser um guarda-roupa, uma tenda de cultivo, frigobar, gabinete de computador vazio ou uma estufa profissional. Ou ainda um lugarzinho montado por você. Segundo especialistas, o espaço mínimo necessário para o microcultivo de maconha é de 35x35x75cm. 

Mas, para que funcione, é necessário prestar atenção em alguns detalhes como a distância entre a iluminação e a planta, a ventilação necessária, entre outros. Por isso, separamos algumas dicas para o seu microcultivo e, como todo cultivo, tenha expectativas realistas em relação ao tamanho e quantidade da sua colheita:

1. O plantio precisa ser no solo: por isso, não adianta pensar em um sistema hidropônico, já que para isso é necessário mais espaço. Para evitar que as plantas excedam o tamanho da área de cultivo, fique atento à quantidade de solo, que deve ser menor. Também é necessário observar o sistema radicular, pois o seu tamanho influencia na altura. Outro item que interfere no crescimento é o tamanho do vaso. Por exemplo, um vaso de 500 ml pode acomodar uma planta de até 13 cm; 2-3 litros, uma planta de 24 cm; e um de 5 litros, terá uma planta de 60 cm.
2. Escolha a luz certa: para o microcultivo devem ser usadas as lâmpadas LED, pois elas aquecem menos e ainda mais se tratando de um ambiente pequeno. Os painéis de LED são a melhor opção. Podem ser usados painéis de 15W que quase não emitem calor ou um painel de 60W, mas esse sem manter a plena capacidade.
3. Posição da iluminação: a regra é não deixar o painel de luz muito próximo às plantas, para não as queimar. E a posição da iluminação, em espaços verticais, recomenda-se que seja ao longo de um ou mais lados da planta – isso permite que a luz penetre e evita que cheguem ao topo do espaço de cultivo.
4. Controle a ventilação: isso é bem importante, porque por ser um espaço pequeno o ar fica viciado rapidamente e as plantas não recebem o CO2 necessário para a fotossíntese. Uma forma simples de resolver é com um cooler (sabe aquele de computador?) ou, para melhores resultados, é interessante instalá-lo diretamente sobre as plantas. Outra ferramenta é colocar um ventilador portátil dentro do espaço de cultivo. 
5. Não esqueça de controlar a rega: plantas cultivadas em pequenos ambientes precisam ser fertilizadas e regadas com mais frequência. Além disso, lembre-se de, no momento do plantio, deixar um espaço entre elas para que consiga fazer a rega, pois acúmulo de água nas folhas e nos buds pode criar fungos. Caso o espaço seja muito pequeno, certifique-se que consiga retirar as plantas para fazer a rega.
6. Acessórios: alguns itens podem auxiliar a dar limites à planta quanto ao seu tamanho, como rede de Scrog e LST. Além disso, para garantir o bom desenvolvimento das suas  plantas em espaço reduzido é fundamental realizar as medições das condições de temperatura e umidade internamente no espaço de cultivo.Você pode contar ainda com um temporizador para automatizar o período de iluminação do sistema 
7. A escolha da variedade: para um microcultivo é preciso ter em mente a altura da planta, por isso a variedade escolhida é importante. As sativas são mais altas e ramificadas. As indicas, geralmente, mais baixas e mais grossas. As automáticas são plantas que não crescem muito devido ao curto período vegetativo. Portanto, para pequenos espaços as mais indicadas ainda são as indicas e as automáticas.

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*Esta matéria tem caráter exclusivamente educacional, visando democratizar o acesso à informação acerca da Cannabis, bem como seu uso terapêutico consciente. A GRAMA não incentiva qualquer prática contra as legislações vigentes e não se responsabiliza por ações de terceiros.